Há dias que não escrevo. Não por falta de tempo ou fatos que merecessem a tua atenção e a minha. Tais horas passaram-se contemplativas, e mais longas que o normal. Mais olhei que vivi, confesso! E até começar este texto, não achei nada de mal nessa minha (nova?)postura.
Tu hás de concordar comigo que existem dias que, de fato, nos são mais externos. Cujas glórias não nos merecem ser dadas, apesar de as desgraças insistirem a tomar-nos como seus co-autores. É injustiça (?), mas é a mais pura realidade.
Foram assim estes últimos dias pra mim. Tanto que, nada escrevi porque nada vivi (consoante será 95% de vezes que por aqui não der sinal; os outros 5%, transfiro ao cotidiano o delito). Desculpe-me desde agora... mas se nada vivo, nada consigo escrever. (In)felizmente frases vazias não sei pôr em escrito. As letras fogem-me e me são estranhas quando tento fazer tal atentado. E por mais que queira não posso expressar-me através das palavras. Por mim, e por vocês, não insisto!
Nesta madrugada, (re)comecei a viver; a lembrar-me que muitos males tem sim em estar apenas de "corpo presente" na vida, mesmo que seja por pouco tempo. São histórias a menos a serem deliciadas por meus netos, são exemplos de vida a menos a serem dados a meus filhos... Sendo assim, escolho viver: Por eles, e por mim...
(by Maysa Baldez)